Festa Caipira e Cultural: APASE distribui pão e prendas, faz cantoria e conta história

O Sindicato-APASE proporcionou aos seus filiados uma Festa Caipira recheada de comilança, lazer, cultura e estreitamento de laços de amizade. O evento aconteceu no dia 03/07/2024, logo após a última aula do primeiro módulo do Curso de Smartphone (saiba mais aqui). A Diretora de Comunicação, Cultura e Lazer, Profa. Maria Regina Pereira de Araújo recepcionou os convidados com um cartão numerado e ilustrado com a imagem dos três Santos do mês junino – Santo Antonio, São Pedro e São João, que valia para concorrer às prendas que seriam sorteadas.

O evento exaltou a cultura brasileira logo no início, quando a Diretora Maria Regina convidou todos a cantarem a canção “Pedro, Antonio e João”, de autoria de Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago, acompanhados pela gravação de 1939, interpretada por Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. O folheto, com a letra desse clássico popular (veja logo abaixo), continha uma pintura da arte Naïf, de Alex Freire. A imagem retratava um casal de noivos típicos dessa festa.

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Após a cantoria, foi citado o significado das palavras na canção que, apesar de fazer parte das brincadeiras juninas, tem elementos significativos da tradição cultural do Brasil, em especial do Nordeste brasileiro:

1 – O triângulo amoroso que, inesperadamente, mostra a traição, é a falta de confiança dos amigos;

2 – a fogueira, elemento tradicional das festas, simboliza a celebração e a transformação;

3 – o balão subindo representa a alegria e a esperança; e

4 – o contraste das emoções estabelecidas na narrativa.

Depois disso, foi iniciado o sorteio das prendas, exaltando o significado dessa palavra como símbolo de presença em um acontecimento; aquilo que é concedido e apresentado como prenda para cooperar em alguma situação.

As prendas tiveram significado dos produtos originários da agricultura e do trabalho do homem do campo, o caipira como é conhecido. E assim, o café, a farinha de mandioca e o macarrão, foram as prendas distribuídas.

Em seguida, homenageou-se Santo Antônio, conhecido como Santo Antônio de Pádua e Santo Antônio de Lisboa porque foi nessa cidade que ele nasceu, no final de século XII e faleceu em 13/6/1231, por hidropisia (acumulação anormal de fluido nas cavidades naturais do corpo ou no tecido celular). Foi canonizado em 13/05/1232, pelo Papa Gregório IX. Iniciou, aos 15 anos, a trajetória religiosa, mas tornou-se franciscano em 1220, inspirado no martírio de 5 frades franciscanos, em Marrocos. Foi um grande pregador, conhecedor feroz da Bíblia e teve uma excelência de retórica para converter os hereges.

Pregador expressivo, deixou coletânea de Sermões, sendo o mais conhecido o Sermão dos Peixes. Foi intitulado Doutor da Igreja, em 1946, pelo Papa Pio XII. Sua morte ocorreu em Pádua, na Itália, onde mais ficou expressivo seu trabalho de franciscano.

E com isso veio a devoção popular. Considerado casamenteiro, visto que ajudava as moças humildes conseguirem um dote e um enxoval de casamento.

No Brasil, na Pedra de Santo Antônio, na zona rural de Campina Grande, diz a lenda que no século XIX foi encontrada uma imagem de Santo Antônio e, a partir de então, quem por lá passar… se casa. Assim, todos os anos, no dia 12 de junho, tem romaria para visitar a gruta.

Ao redor do mundo, no dia 13 de junho, as igrejas abençoam o pão – conhecido como Pão de Santo Antonio, face a um milagre… Uma mãe que teve o filho afogado, se fosse salvo por Santo Antonio, ela daria uma quantidade de farinha no peso do menino para fazer o pão e distribuir aos pobres. Portanto, distribuir o pão em 13/06 tornou-se um ato de devoção e caridade, um símbolo da preocupação com os famintos, do amor ao próximo, da fartura e abundância.

Após essas informações, a profa. Maria Regina fez a entrega do pão de Santo Antônio para todos participantes. Afinal, quem nunca colocou um pão de Santo Antonio na lata de arroz ou de açúcar?